Santo André

Problemas psicológicos estão entre as maiores causas de afastamento do trabalho. A partir de 2022, a Organização Mundial da Saúde vai incluir a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, no Código Internacional de Doenças (CID-11).

Uma pesquisa da ISMA BR (International Stress Management Association) aponta que 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela acarretada pelo estresse. Desse total, 32% sofrem de Burnout, e 92% dessas pessoas continuam trabalhando. Com a covid-19 a situação ficou ainda mais grave e a Organização Mundial da Saúde tem alertado sobre os impactos da pandemia na saúde psíquica da população e, consequentemente, na economia.

Para debater sobre o papel das empresas no bem-estar dos colaboradores, as unidades do Sesi da Capital e Grande São Paulo vão promover no dia 25 de agosto, às 10h, um webinar com o tema Desafios da Saúde Mental no Mundo Corporativo. O evento virtual é gratuito e será transmitido via plataforma Teams. Para participar, basta preencher o formulário para receber o link de acesso.

“Cuidar da saúde mental dos colaboradores da indústria é fundamental para proporcionar um ambiente de trabalho mais acolhedor, harmônico e consequentemente mais produtivo, e para que os desafios impostos pelo momento que vivemos sejam superados com a maior leveza e menor dificuldade possível, e o SESI pode ser um provedor de soluções no âmbito da saúde mental”, explica a psicóloga do Sesi-SP e palestrante do webinar, Luciana Borges Fantacini Skowronek.

Falar sobre saúde mental ainda é um tabu dentro das organizações. Luciana relata que as pessoas, muitas vezes, se sentem envergonhadas ou inseguras para abordar o tema porque é visto como frescura ou fraqueza. De acordo com a psicóloga, diante do aumento significativo no número de casos de ansiedade e depressão, e de afastamentos no trabalho decorrentes desses transtornos, a saúde mental vem sendo cada vez mais abordada no ambiente corporativo, mas ainda são necessárias muitas ações para quebrar algumas barreiras e criar um canal de comunicação aberto e seguro.

“As organizações têm um papel fundamental no sentido de reconhecer que os transtornos mentais não são estigmas sociais, mas sim doenças que devem ser prevenidas e tratadas adequadamente. Elas são responsáveis pelo bem-estar físico e mental dos seus colaboradores durante o horário de trabalho e, considerando que o ser humano passa grande parte da sua vida no trabalho, é necessário um olhar cuidadoso e atento para as questões psicológicas”, declara.